Seja bem vindo!

domingo, 30 de dezembro de 2012

O céu em meus olhos

Vejo suas águas
 elas escorrem entre as nuvens escuras
 No meu céu
Tenho luzes que me habitam e me aquecem como um sol de inverno
Na transparência dessas
águas desfalece o meu olhar
Meu triste céu goteja
Num remanso de alvorada
As vozes que me gritam são douradas pelo brilho do sol nascente
que só se põe no fim do dia
Meu céu transpira esperança...
Quero encontrar a lua
e descansar... meu céu!

Em praias paradisíacas meu  céu vai buscar um sorriso em forma de mar
com suas espumas vou embalsamar a dor e escondê - la entre as montanhas...


Outras vozes me inspiram
Vou brincar de passarinho e bailar 
bailar , bailar

Meu céu intranquilo, meu mar sem ondas 
meu olhar se refugia em seus olhos
Posso ler palavras soltas
que nada dizem ou querem dizer

Águas tranquilas... resgatam a sutileza de uma dor que já não dói
Imensidão parada...
ardor confuso
Um silêncio interior

das nuvens escuras que brotam no meu céu 
transformo em flor cada semente incubada no coração...

Goteja meu céu como água da chuva que vem renovar
 renovar
 cada pétala que cai, 
do peito dolorido 

o sonho escondido
desfaz seu poder
goteja minha alma 
cansada

Eu conheço os demônios que encolhem as escolhas
mas não tenho medo 
Meu Deus me enfeitiça
e a dor já não dói
O sol já se foi...
as vozes que me gritam
são pássaros noturnos que interpretam a madrugada como um rito de passagem
No meu céu transpira a esperança
Vou encontrar a lua e brincar de esperar o amanhã
 vou encantar o novo sol e as nuvens antes escuras estarão mansamente azuis
como as palavras em meus olhos que já não gotejam...





Nenhum comentário:

Postar um comentário