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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Menina do Rio

Ao fundo das fotos está o Rio Paraibuna em Matias Barbosa

O Rio Paraibuna percorre nove cidades: Antônio Carlos, Santos Dumont, Ewbanck da Câmara, Matias Barbosa, Simão Pereira, Belmiro Braga, Santana do Deserto e Chiador e é claro, Juiz de Fora com 70% do seu curso.
Os afluentes dentro da zona urbana são: Ribeirão Ipiranga, Lamaçal, Matirumbide, Yung, São Pedro, Carlos Chagas, Humaitá, Ribeirão das Rosas, Facit, Artilharia, Rib. Dos Burros, Santa Cruz, Três Pontes e Ribeirão do Espírito Santo.



A importância do rio Parayuna , inicia-se junto à corrida do ouro em Minas Gerais.
Preocupado com os ladrões que fugiam do fisco português, em 1703 o rei de Portugal encarregou o sertanista Garcia Rodrigues Paes de fazer uma picada que partindo da borda do campo, fosse a raiz da serra, no Rio de Janeiro. Este novo trajeto denominou-se “caminho novo que seguia a margem esquerda do Rio Paraibuna, afastando-se do rio apenas para desviar de grandes montanhas, por onde passariam tropas carregadas de ouro e diamantes extraídos das minas. Esta viagem de Minas Gerais para o Rio de Janeiro levava no mínimo doze dias.
O caminho novo era rota comercial, econômica e estratégica, lugar de tocaias e assaltos. Em seu trajeto surgiram ranchos, hospedarias e postos de fiscalização das riquezas. Em sua volta surgiram os primeiros povoamentos. Santo Antônio do Paraibuna (Juiz de Fora), Borda do Campo (Barbacena) e João Gomes (Santos Dumont).


O nome do rio foi assim denominado pelos índios Caxinoás que viveram nesta região e atribuíram ao mesmo o nome de Parayuna por apresentar águas escuras devido as rochas de seu fundo (formações de granitos). O mesmo rio que na época foi testemunha de guerras, transporte de ouro e diamantes até a total industrialização de nossa região.
O Paraibuna é classificado como Tropical Austral, ou seja, possui época de águas baixas e época de águas altas.
Em época de cheias, o Paraibuna, leva de roldão ilhotas de assoreamento que se formam na seca. Isto se deve à falta de vegetação e florestas. Ocorre rápido escoamento superficial que agrava a erosão e não armazena água necessária para suprir o rio na época seca, sem falar das enchentes. Em setembro os solos ficam mais secos.


Um comentário:

  1. Parabéns pela atitude! Muito legais essas fotos e informações sobre o nosso Rio Paraibuna L0L

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