É, era pouco...
Nossos sonhos não eram compartilhados!
Numa tarde quente de janeiro de 1978, conheci o meu cunhado que morava no interior do estado. A expectativa de conhecer alguém que se tornaria parte de minha família transformou-se em decepção. As palavras rudes, o comportamento preconceituoso com relação á minha maternidade: mãe solteira. Como se a moral e os bons costumes da família tivesse sido profanado pelos nossos sentimentos. A santidade desvirtuada. Que insanidade!
Rapidamente nossa vida foi decidida.
você escolhe: ou você fica com a mamãe e deixa essa mulher que não merece conviver com a nossa família ou fica com ela e eu vou levar a mamãe comigo. Não havia escolha. Os brios masculinos foram cutucados. Ainda que não fosse a hora, tornou-se uma questão de honra. A escolha foi feita contrariando a moralidade familiar.
Agora eu assumi uma casa semi mobiliada com a ajuda de amigos, um submundo secreto a ser desvendado pelos meus pais que de nada sabiam ainda.
Em apenas uma semana pude sentir que os sonhos às vezes viram pesadelos.
E por mais de dez anos vivi o pesadelo de um casamento e alimentei o sonho de sair dele.
( Desculpem, não posso continuar agora)
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