O encontro de nós dois

Mais uma taça!
O encontro de nós dois se deu sem programar. Já nos conhecíamos superficialmente há quase dois anos.
Ele sempre chegava, cumprimentava com um beijo no rosto e ia pro bar. Tomava uma caneca de vinho ou um chopp, me dava um tchau e ia embora. Ás vezes eu brincava com ele dizendo-lhe que ele seria o motorista do carro que me levaria para o altar: ele é louco por carros. Ele sorria timidamente e dizia que sim. Logo depois ia embora sempre muito calado.
Eu era a imagem da curtição; dançava a noite toda,gargalhava com as piadas das amigas, curtia danças exóticas com Marilza ( uma amiga muito animada que temos) e bebia seis garrafas de água durante a noitada. A galera saía calibrada e eu tranquila em cima do meu salto.
Namorava o baterista da Banda e varava a noite assim, vida fútil e vazia. Destoava totalmente da minha personalidade pedagoga, mas eu não via. Com o tempo essa rotina começou a ficar chata, os amigos não tinham graça,estavam sempre bêbados e sem noção. minha água passou a ser motivo de chacota. O namorado perdeu o encanto. Comecei a ficar em casa vendo televisão, percebi que a noitada não era o meu barato. Não demorou muito o namoro chegou ao fim!
Meses se passaram, eu trancada em casa esperando que um milagre fosse me buscar pra sair. E o milagre foi meu filho thiago que me convidou para dançar. Abriu-se assim novamente uma porta para eu me divertir. Na segunda vez fui sozinha, encontrei por acaso minha ex nora e fomos tomar um suco. Neste momento, o Paulo apareceu e conversamos um pouco. Novamente ele foi pro bar e de lá ficou me observando. Ele sempre me achou maluquinha.
Esta noite ele resolveu ficar e me conhecer melhor; foi quando soube que eu não ingeria bebida alcoólica, que era professora, que tinha filhos e responsabilidade. Enfim, não era uma maluquinha. Definitivamente não!
No dia seguinte ele me mandou uma mensagem convidando pra sair, tantos contratempos quase não fui.
Quando cheguei na Adega fui recebida por um lorde inglês, que se levantou pra me receber e puxou a cadeira pra eu me sentar, me ofereceu uma taça de vinho e a conversa foi agradável e anoite foi leve como uma brisa. Quando ele me convidou par irmos a um lugar mais reservado, foi tão natural. O resto da noite foi só encantamento, nossos corpos já se conheciam de uma outra dimensão, nossos desejos se completavam como se tivéssemos esperado um pelo outro a vida toda.
 A paixão explodiu!Em uma semana já não saíamos de perto um do outro, telefonando em horas impróprias, entrando pela madrugada... Em duas semanas estávamos morando juntos, dividindo espaço no banheiro, no quarto, na televisão.
Descobrimos tantas afinidades e nos sentimos muito felizes!
Estamos juntos há nove meses sem nuvens negras que não possamos espantar. Graças a Deus!

(continua)