Eu entrego em tuas mãos
o meu corpo
este que está fechado
marcado pelas cicatrizes do tempo
o meu corpo
que me avisa as intenções alheias
ao brilho do sol ou a luz da lua
o meu corpo
que flutua num mar de alfazema
ou dança na valsa das flores
que se espalham ao vento
o meu corpo
esperando o teu corpo
purpurina que me faz brilhar
entrelaços, alongamentos
uma tortura doce esse sussurro essa voz
é o meu corpo
que grita em uníssono
um desejo escondido em conchas do mar
mil essências, óleos essenciais
são pequenos delírios...
eu entrego em tuas mãos
um corpo agora aberto
imerso em sua umidade
lasciva, uma crueldade no olhar
um pouco só de tempo
até que a lua se esconda
e você estará guardado
no meu corpo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário