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domingo, 23 de junho de 2013

Nossos passos...
Se nossos passos não deram em nada 
de nada valeram os nossos passos?
valeram pelas pedras que contornamos no caminho
pelas lágrimas que mataram a sede do coração ressequido
pelas mãos que se estenderam ao londo da caminhada
e até pelas mãos que se fecharam junto com os olhos

Se nossos passos não deram em nada,
de nada valeram os nossos passos?
valeram pelos buracos que tivemos que saltar
pela grama que a extensa caminhada aparou devagar
pelas flores que cheiramos e os sentidos
fortalecidos pela experiência!

Se os nossos passos não deram em nada,
 mas nosso espírito buscou um abrigo seguro no amor de Deus
Que caminhada é essa que a esperança aguarda?
valeu cada pegada no barro molhado
 no atoleiro do medo ou no lodo da tristeza
Se os nossos passos não deram em nada
de nada valeram os nossos passos?

 De qual caminhada estaremos falando?
da vida que é a morte que estamos vivendo
 ou a morte que é vida que estamos esperando?

DE Lucia Pachecos.

sábado, 8 de junho de 2013

A desvalorização dos valores morais na sociedade atual.

Nos últimos tempos não tenho sentido vontade de escrever. Os absurdos dos chamados humanos forçaram o meu silêncio. Mas tamanha é minha indignação que necessito falar, gritar mesmo tudo o que nos fatiga as emoções. Tudo que nos sufoca a esperança.Tudo o que nos arrasta até o medo e nos aprisiona num mundo sem ilusões, cercado pelas aparências onde ter é mais valorizado que ser. Onde os direitos humanos privilegiam a desumanidade, onde o mal está solto nas ruas e nós vivemos presos como bandidos do bem. Nós, que desejamos educar, solidarizar, apresentar a ternura a quem nunca ouviu falar. Nós, que sonhamos utopicamente com uma sociedade mediada por valores morais que conduzissem a um status quo diferente. Mais educado e gentil, mais amoroso,mais cordial. Onde fosse possível acreditar nas leis, nos sentimentos, na verdade. Verdade que se cumprisse por honestidade e não por seguimentos de regras. Onde as políticas contemplassem as necessidades dos cidadãos que carecem de trabalho digno com salários dignos, saúde de qualidade, segurança e habitação. Mas antes de tudo ,é preciso uma campanha de revitalização dos valores que norteiam uma sociedade. E um processo de revitalização dos três poderes, refazendo leis defasadas e recriando formas de reeducação nos presídios, nas escolas e nos lares.
 Quem descumpre a lei tem que trabalhar para valorizar o trabalho.
Não adianta a maioridade penal diminuída, nós vamos pagar para que os menores infratores encontrem-se com bandidos experientes e se tornem piores, pois as medidas sócioeducativas de nada valem numa sociedade sem educação.
 Menor não pode trabalhar e aí ele assalta, mata, violenta os direitos civis e responde com arrogância às autoridades corruptas. Quem respeita um pai em falta moral? Ninguém. Para a polícia e as leis serem respeitadas elas precisam partir do princípio da moral, que hoje não sabemos por onde anda...

Você também pode...


 Posso pintar numa tela?

Estou pintando em tecido, comecei pela terapia e agora faço por prazer


 Simples no início...
 Um pouco insegura...
Agora eu acredito que posso arriscar. Você também pode!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Menino gigante



Olá, menino gigante de coração tão cheio
Ouço cada grito mudo desse coração
ora em frangalhos pelo fim de um romance
ora escancarando de esperança pelos apelos da fé
Olá, menino guerreiro vencendo batalhas sem contar ao mundo
Clareia esse escuro tão profundo e acredita
que eu quero te dar o brilho do sol
roubar o cheiro das estrelas só pra te emprestar
desembainha essa espada e descubra onde deve guarda - la
ouço cada grito mudo do seu coração entediado
pedindo um pouco de ansiedade àqueles que a possuem
Sei sussurrar ao teu ouvido o medo do qual te escondes
Quantas farsas ainda terá que desvendar para descobrir enfim
que mesmo assim vale a pena prosseguir
Seus gritos por um mundo melhor não serão ouvidos
seus passos em marcha de guerra não serão vencidos
Prossiga para o alvo e continue...
Mantenha - se firme menino gigante,
O meu amor acredita e acompanha você!
Lucia Pachecos.

Despedida

Despedida

Cansei de ficar cansada
agora quero descansar...
numa lápide fajuta
vou meu corpo adormecido
ali depositar
não quero flores
seu perfume é para os vivos
somente a morte escura
a me assombrar
cansei dos mortos vivos
que vagueiam dia e noite
sem venenos que os possam curar
o fantástico pecado do suicídio
ou a perda da salvação
a dor nos corações falsos
a arrogância dos que vivem
para amordaçar os que clamam
visto - me de luto pelos que ainda não foram
atravessando o estádio mórbido da sordidez humana
quero o púlpito onde habita a palavra do altíssimo
onde os anjos podem segurar suas mãos
e ir para além dos horizontes ainda não avistados
cansei de ficar cansada
cansei de descansar
vou agora trabalhar no oculto onde sonhos não vão se alojar
e a deseperança chora suas mágoas
sem sussurros ou murmurios
busquem as flores que murcharam... e o sol que não brilhou!
Lucia Pachecos

Último desejo



Nunca falei tão sério 
poesias são meras poesias
depois teremos que consertar isso
deixe seus segredos escritos
qualquer talento não desvenda meu mundo virtual
descerei à sepultura fria naturalmente como a luz do dia
depois dessa loucura que ronda minha casa
caveiras que não entendem a luz da vela
Num marco da dor de ouvidos
Essa assombrosa dor sobrenatural
açoitada como a mãe dos idiotas
que não sabem em que onda vão funcionar
Entrou de novo no meu mundo para não se confundir
A garrafa vazia que dizia tanto...
encontrada num canto com as fantasias
Estava tão bom enquanto estava claro...

Na vida

Na vida

Estamos aqui. Não foi por acaso... 
Que mundo é esse que ensinamos a dor antes que ela aconteça e o mal pra acontecer?
Matamos sem motivo pra odiar!
Ensinamos o erro a quem precisa acertar.
Para que ainda estamos aqui se não sabemos seguir bons exemplos e nos dedicamos ao egoísmo por escolha:
A ganância, a arrogância, a aflição que nos angustia, a fome de não ter medo.
Estamos aqui e não foi por acaso
Foi pela excelência de um Deus que nos ama, mas a humanidade esqueceu a humanidade.
Somos jovens demais pra saber mas nossa alma já envelheceu...
Pela desesperança e pela falta de fé, o mundo adoeceu e não protege mais a terra que deveria nos alimentar!
Sugamos seu sangue negro e renegamos o sangue de Cristo!
Cadê o seu eu? E o meu?
Onde iremos nos buscar pra recomeçar e gritar que ainda somos crianças quando nossos sonhos poderiam acontecer.
Crescer não faz parte da evolução sem sorrisos que alterou toda sorte da alegria.
Conceda -me mais um sonho realizado:
Encantos que o mundo perdeu quando o céu escureceu de fumaça e uma cortina se levantou encobrindo seus olhos que escolheram não ver
O verde que escorreu pelas estradas nos caminhões que carregavam a vida...
Ficou pela metade um galho de árvore na estrada
Podíamos fazer uma escada e buscar uma saída...
Mas a humanidade perdida já se perdeu de si mesma e nem percebeu...
Que vida que nada, o planeta é seu!
Lucia Pachecos