Nos filhos...
Começa com sensações desagradáveis: tonturas, enjoos, azia,em alguns casos, instabilidade emocional e cólicas. Você pensa que está doente, mas a menstruação não aparece e você desconfia. Bate um medo, uma sensação de insegurança. E agora, o que eu faço? Você se pergunta. Um misto de medo com satisfação gera a responsabilidade, ainda frágil ,mas que logo se agigantará.
Começam os movimentos, nas consultas você já ouve os batimentos cardíacos, a barriga começa a crescer e incrivelmente, contrariando suas próprias palavras que sempre brigou com as abdominais para manter uma barriguinha perfeita, você se sente linda!
Seus olhos estão mais brilhantes, o sorriso agarrou-se ao seu rosto, sua pele está radiante.
A espera não cansa. A expectativa é sentir o cheiro, a leveza da pele, a cor dos olhos, é colocar o dedo entre as mãozinhas pequeninas e sentir que ganhou o universo.
Enfim chega a hora: as dores , o pânico, a espera pelo momento certo e você se esforça, as dores são fortes mas a expectativa é maior. O desejo de toma-lo em seus braços e sentir finalmente que Deus que te deu o maior presente...
Você ouve aquele choro forte de quem chega avisando ao mundo: eu vim pra vencer!
As lágrimas rolam em seu rosto enquanto o leite escorre em seu ventre agora vazio.
Só agora você entende a responsabilidade que está em seus braços, adormecido, com um leve sorriso de conforto, e você acaricia o seu rosto com uma ternura particular que pertence só a ele....
O mundo parou quando eu amamentei pela primeira vez!
E desde então sou prisioneira de um amor tão grande que ás vezes dói.
Vivi a experiência de ser mãe três vezes e ainda não me libertei da prisão desse amor. Descobri que quero continuar alimentada pelo único amor real de uma mulher.
Ser mãe é sobrenatural pois o amor parte do espírito e toma a alma de assalto e é definitivo.
Lucia regina gomes Pachecos Vieira
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