Seja bem vindo!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Passei muitos anos da minha vida vivendo por viver, com a intenção de criar meus filhos da melhor maneira possível. Creio que a  única preocupação real da minha vida era com o bem estar deles. A alegria que eles traziam pra nossa casa me enchia de alegria. Até brigar de vez em quando com eles era melhor do que a distância. Tudo, absolutamente tudo só vale a pena por causa deles.
Queria poder ver as coisas sob os ângulos que eles olham para poder entender. Para refazer minha vida...
Não! Não é refazer, é reconquistar uma vida que joguei fora.
Na nossa trajetória, às vezes, jogamos coisas fora. Algumas dessas coisas vale a pena recuperar, outras é melhor esquecer. Difícil é decidir qual é a opção certa.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Branca de Neve em cordel
(Lucia Pachecos Vieira)

A menina muito branca
com neve se parecia
cada dia mais bonita
à medida que crescia
os cabelos muito negros
como cascata caía.

A madrasta invejosa
no espelho que se via
perguntava toda hora
quem mais beleza teria?
o espelho zombeteiro
de pronto lhe respondia.

És tu bela rainha
até quando seria?
Perguntando novamente
o espelho lhe respondia
é a menina Branca de Neve
Maior beleza não tinha

Essa madrasta invejosa
a sua beleza queria
pra realizar seu intento
ousou usar bruxaria
a bruxa fez preparado
pra ver se a moça morria

Fez poção no caldeirão
muita fumaça se via
envenenou a maçã
que a princesa comeria
fingindo- se ser uma velha
coma! Ela insistia.

A Branca de Neve ingênua
naquela tarde tão fria
aceitou o belo presente
que em seguida comeria
de apenas um suspiro
e logo no chão caía

Os anões choraram muito
Branca de Neve morria?
 Velaram com tristeza
a vida que se perdia
Anos foram se passando
e ninguém dela esquecia

Ao fim de um longo tempo
quando não mais se queria
 apareceu  um lindo príncipe
e com doçura a beijaria
E Branca de Neve então
do sono despertaria

E foram felizes pra sempre
é o fim que nos cabia
Pra onde foi a bruxa
e seu espelho do dia?
Foram também felizes
o perdão acontecia

Comendo maçãs de amor
seu coração curaria
a inveja que foi embora
jamais lembrada seria
a bondade nessa história
finalmente reinaria!

Quantos olhos poderão ver...







Quando enfim não mais existirem certos e errados, tão somente uma massa de pessoas niveladas amontoando sentimentos e dores e medos e apegos e desapego. Quando enfim pudermos esclarecer nossos egos para a debilidade de nossas escolhas e de nossas certezas e de nossa razão, de nossos medos, dos nossos gritos ou do nosso silêncio. Quando enfim a nossa maior dívida for consigo mesmo em prol de sentimentos que não valeram a pena e dos que valeram...
Quando um monte de nada for tudo o que resta, quantos de nós poderá ver... 
a luz resplandescente que abre as portas como se fosse um sol alagando a manhã com suas doces palavras investindo num dia do qual não se espera nada a não ser mais ma gota de vida no imenso oceano do tempo.
Quem de nós brindará o futuro homenageando um dilema que na pior das hipóteses terá cheiro de novidade.
Quem de nós alcançará a maturidade nessa juventude que abraça a morte como um filho amado, como um abandono da moralidade sem expectativas.
Quando enfim não mais contarem - se os dias com horas febris mas no marasmo inglório da impossibilidade, quem se habilitará a planejar, a criar novas formas e estabelecer condutas?
Seremos ultrapassados por questionarmos a sobrevivência do amor em detrimento do prazer implícito e fulgás de uma hora de sexo? 
Seremos ultrapassados porque queremos um pequeno afago, um aperto de mãos, um olhar molhado imerso em sentimentos em detrimento ao poder de compra do  vil capital, da moeda rara que ultrapassa os limites da arrogância e dissemina a miséria, do dedo em riste determinando... Uma causa sem consequência não existe neste universo sem causa.
Quantos olhos poderão ver aquela que chega com as nuvens que já não são negras...
Não há desapontamentos. Ele vem. Breve!

domingo, 23 de junho de 2013

Nossos passos...
Se nossos passos não deram em nada 
de nada valeram os nossos passos?
valeram pelas pedras que contornamos no caminho
pelas lágrimas que mataram a sede do coração ressequido
pelas mãos que se estenderam ao londo da caminhada
e até pelas mãos que se fecharam junto com os olhos

Se nossos passos não deram em nada,
de nada valeram os nossos passos?
valeram pelos buracos que tivemos que saltar
pela grama que a extensa caminhada aparou devagar
pelas flores que cheiramos e os sentidos
fortalecidos pela experiência!

Se os nossos passos não deram em nada,
 mas nosso espírito buscou um abrigo seguro no amor de Deus
Que caminhada é essa que a esperança aguarda?
valeu cada pegada no barro molhado
 no atoleiro do medo ou no lodo da tristeza
Se os nossos passos não deram em nada
de nada valeram os nossos passos?

 De qual caminhada estaremos falando?
da vida que é a morte que estamos vivendo
 ou a morte que é vida que estamos esperando?

DE Lucia Pachecos.

sábado, 8 de junho de 2013

A desvalorização dos valores morais na sociedade atual.

Nos últimos tempos não tenho sentido vontade de escrever. Os absurdos dos chamados humanos forçaram o meu silêncio. Mas tamanha é minha indignação que necessito falar, gritar mesmo tudo o que nos fatiga as emoções. Tudo que nos sufoca a esperança.Tudo o que nos arrasta até o medo e nos aprisiona num mundo sem ilusões, cercado pelas aparências onde ter é mais valorizado que ser. Onde os direitos humanos privilegiam a desumanidade, onde o mal está solto nas ruas e nós vivemos presos como bandidos do bem. Nós, que desejamos educar, solidarizar, apresentar a ternura a quem nunca ouviu falar. Nós, que sonhamos utopicamente com uma sociedade mediada por valores morais que conduzissem a um status quo diferente. Mais educado e gentil, mais amoroso,mais cordial. Onde fosse possível acreditar nas leis, nos sentimentos, na verdade. Verdade que se cumprisse por honestidade e não por seguimentos de regras. Onde as políticas contemplassem as necessidades dos cidadãos que carecem de trabalho digno com salários dignos, saúde de qualidade, segurança e habitação. Mas antes de tudo ,é preciso uma campanha de revitalização dos valores que norteiam uma sociedade. E um processo de revitalização dos três poderes, refazendo leis defasadas e recriando formas de reeducação nos presídios, nas escolas e nos lares.
 Quem descumpre a lei tem que trabalhar para valorizar o trabalho.
Não adianta a maioridade penal diminuída, nós vamos pagar para que os menores infratores encontrem-se com bandidos experientes e se tornem piores, pois as medidas sócioeducativas de nada valem numa sociedade sem educação.
 Menor não pode trabalhar e aí ele assalta, mata, violenta os direitos civis e responde com arrogância às autoridades corruptas. Quem respeita um pai em falta moral? Ninguém. Para a polícia e as leis serem respeitadas elas precisam partir do princípio da moral, que hoje não sabemos por onde anda...

Você também pode...


 Posso pintar numa tela?

Estou pintando em tecido, comecei pela terapia e agora faço por prazer


 Simples no início...
 Um pouco insegura...
Agora eu acredito que posso arriscar. Você também pode!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Menino gigante



Olá, menino gigante de coração tão cheio
Ouço cada grito mudo desse coração
ora em frangalhos pelo fim de um romance
ora escancarando de esperança pelos apelos da fé
Olá, menino guerreiro vencendo batalhas sem contar ao mundo
Clareia esse escuro tão profundo e acredita
que eu quero te dar o brilho do sol
roubar o cheiro das estrelas só pra te emprestar
desembainha essa espada e descubra onde deve guarda - la
ouço cada grito mudo do seu coração entediado
pedindo um pouco de ansiedade àqueles que a possuem
Sei sussurrar ao teu ouvido o medo do qual te escondes
Quantas farsas ainda terá que desvendar para descobrir enfim
que mesmo assim vale a pena prosseguir
Seus gritos por um mundo melhor não serão ouvidos
seus passos em marcha de guerra não serão vencidos
Prossiga para o alvo e continue...
Mantenha - se firme menino gigante,
O meu amor acredita e acompanha você!
Lucia Pachecos.